Em preparação à comemoração dos 200 anos de fundação do Instituto Marista,
no dia 23 de julho encerramos o Ano Montagne e iniciamos o Ano Fourvière,
segunda etapa de preparação ao Bicentenário do Instituto, que irá até o mês de
julho de 2016. O objetivo é o de rememorar
a promessa feita há 200 anos por um grupo de jovens padres: dedicar suas vidas
à obra de Maria.
Confira a
história que narra o episódio de Fourvière:
No dia 23 de julho de 1816, doze jovens apenas saídos do
Seminário, alguns deles sacerdotes ordenados no dia anterior – dentre os quais
Marcelino Champagnat – decidiram subir à capela de Fourvière, localizada na
cidade de Lyon (França). Todos foram testemunhas e, às vezes vítimas, da
devastação revolucionária em seu país e na Igreja. Não conseguem contentar-se
com a simples constatação, menos ainda com uma avaliação das desgraças do
tempo, e abater-se no desânimo. Sobrariam, porém, razões para isso! Todavia,
Deus está ali, tão presente hoje como antes e depois da Revolução. E não podem nem
querem afastar-se de um lugar em que Deus está presente. Tomaram sua decisão. É
preciso arregaçar as mangas, meter-se no trabalho, inventar, fazer algo
diferente, avançar. Tomam o propósito de se dedicarem “irrevogavelmente, com
seriedade, como homens maduros”, dispostos a tudo, incluindo “os sofrimentos”,
para “salvar almas”, em nome de Maria. Não há garantia de êxito. Trata-se de
iniciar. É preciso ir aonde Deus se encontra. Atrevem-se a viver essa aventura,
com Maria. Aconteceu, há duzentos anos, em Fourvière. Comovem-nos o texto e a
atitude. Ainda mais quando se conhecem as dificuldades de todo tipo que
deveriam enfrentar, mais adiante, para “cumprir sua promessa”. O que faremos
com esse aniversário? Uma comemoração dos fundadores? Uma evocação histórica?
Uma “edificante página” da epopeia marista? Hoje, a promessa deles nos
compromete? Nós, homens e mulheres, religiosos, leigos que nos consideramos e
queremos ser maristas. O compromisso que assumiram, faz dois séculos, pode
ainda ser o nosso? Se assim é, como seria? Atualmente, o que nos diz esse
compromisso?
De acordo com o Superior Geral Ir. Emili Turú, “as origens da
Sociedade de Maria nos recordam que, religiosos e leigos, estamos integrados
para a missão e chamados a oferecer o rosto mariano da Igreja com nossa maneira
especial de ser e de construir Igreja”. Dessa maneira, trata-se de um
momento privilegiado de irmãos e leigos renovarem, sob o olhar materno
de Maria, o compromisso com a apaixonante missão que a Igreja nos confia.
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